Destaque do mês de setembro 2025

Confira os detalhes da seleção de setembro de 2025


O café:


O café que apresentamos esse mês é da variedade Arara, método de processamento natural, safra 2024/2025 da produtora Tadeane Pires Matos. Possui notas sensoriais de frutas vermelhas e chocolate, refrescante, acidez málica média, corpo leve e suculento e finalização longa e prazerosa. Pontuação final com base em laudo emitido por um licensed Q-Grader - 86,5 pontos.

Fazenda: Matos
Município: Mucugê - BA
Altitude média: 1100 metros


A produtora:


Tadeane é agrônoma e faz parte de uma família que há três gerações é produtora de café. A escolha pelo curso na faculdade esteve intimamente relacionada ao desejo de trabalhar e se dedicar integralmente ao negócio da família. Atualmente divide com seus pais a administração do negócio e a maior preocupação deles é produzir cafés de altíssima qualidade, tanto que em 2018 o café da Fazenda Matos ficou em segundo lugar na premiação dos Melhores Cafés do Brasil. O desejo, não só de valorizar a história da família, mas de contribuir com a região, fez com que Tadeane se envolvesse em diversos projetos, sendo atualmente presidente da Aliança de Cafeicultores da Chapada Diamantina e, principalmente, pelo envolvimento que teve com o Sebrae nesses últimos anos para conquistar a Indicação Geográfica da Chapada Diamantina. A Fazenda Matos se destaca também na sustentabilidade, com iniciativas como a não utilização de defensivos agrícolas no cultivo, a preservação da reserva natural de mata na propriedade e a construção de um tanque com peixes, cujos dejetos são usados como adubo na plantação. Há também um projeto para usar energia solar para abastecer a propriedade. Tadeane acredita que, fazendo as coisas com amor, há retribuição no futuro. E também num futuro onde seu café seja conhecido no Brasil todo e até no mundo.


A região:


O café da Chapada Diamantina é a mais nova Indicação Geográfica de café do Brasil, tendo sido reconhecida em 15 de outubro de 2024 pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, sendo a primeira denominação de origem (DO) para cafés da Bahia e a sexta DO de cafés do Brasil. Está localizada no centro-sul da Bahia, onde a extração de ouro e pedras preciosas foi uma atividade importante até ser substituída pela agricultura familiar. Entre os fatores naturais e humanos que singularizam o café da região estão a altitude acima de 850 metros, a colheita quase 100% manual na região, a orientação de sol nas encostas das montanhas onde os cafés são cultivados e as técnicas tradicionais em terreiros. O manejo pós-colheita e o saber-fazer local são variáveis humanas relacionadas com a qualidade do café. A região compreende 24 municípios, conta com mais de 2400 produtores, área plantada superior a 30 mil hectares e com uma produção anual superior a 700 mil sacas de café. Recentemente, a região tem despontando com um polo para a produção de cachaças, frutas vermelhas, vinhos e cafés especiais.


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